O impacto da pandemia de coronavírus sobre a economia brasileira será perverso. Ainda não é possível ter a dimensão exata dos efeitos do vírus sobre a economia, mas nem tudo são notícias ruins. O setor da energia solar fotovoltaica, que movimenta bilhões em investimentos no Brasil e que, entre 2012 e 2019 gerou 130 mil empregos diretos, prevê crescimento em 2020. 

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reprodução/portal energia solar
Energia solar fotovoltaica

"É claro que não será o crescimento que gostaríamos e que antevíamos antes de toda essa crise começar", observa Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da ABSOLAR (Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). "Enquanto outros setores projetam retração, ainda teremos um avanço". 

O executivo admite que o crescimento, no entanto, não será na casa dos 200% ou 300% como experimentado nos anos anteriores e que os desafios para o setor são imensos já que o setor é movido por muitas empresas jovens que estão em fase de investimento. "São empresas que não tem robustez. É um mercao jovem com empresas jovens", avalia.

Ele observa que a ABSOLAR criou uma nova linha de comunicação com o mercado com informações e dicas para as empresas manterem suas operações e reduzirem gastos, renegociar seus empréstimos e financiamentos e aproveitar as medidas de alívio divulgadas pelo governo federal.

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Vantagens da energia solar fotovoltaica

"É uma tecnologia competitiva", ressalta Sauaia. Entre as vantagens, observa o executivo, estão "ser uma tecnologia limpa, renovável, sustentável, que opera de forma praticamente inassistida e tem baixos custos de manutenção".

Segundo ele, a  energia solar fotovoltaica está contribuindo para os países superarem esse cenário de crise global inédita."As pessoas recolhidas continuam consumindo energia elérica. Somos uma sociedade de conexão".

A grande vantagem desse tipo de tecnologia, que começou a ser usado no espaço nos anos 60 e foi sendo implementada no planeta para gerar eletricidade conforme foi barateando, é sua durabilidade e ótimo custo-benefício.

Sauaia ressalta que há diferentes modelos de negócio. Desde usinas, com contratos longos com o governo à sistemas de pequeno e médio porte, usados por consumidores e empresas. "Nesse caso, a energia solar fotovoltaica vem para economizar", explica. "Um modelo é a compra desse sistema. A boa notícia é que há mais 70 linhas de financiamento no Brasil no site da ABSOLAR e podem ser usados por consumidores urbanos e rurais".

O outro modelo consiste em leasing de toda a tecnologia e o consumidor ou empresário pagaria por um serviço, mas tercerizaria toda a manutenção e operacionalização da tecnologia.

Por que investir? 

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Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente/Divulgação
Energia solar fotovoltaica dobra em São Paulo

De acordo com a ABSOLAR, o uso da tecnologia fotovoltaica em telhados e terrenos pode reduzir custos de energia para as empresas em até 95% e ampliar a capacidade de investimento no negócio e geração de novos empregos.

Como a atividade econômica tende a voltar de forma lenta, um aporte bem programado agora poderá ajudar as empresas a se organizarem a médio e longo prazo, quando o consumo deve voltar a crescer e a demanda por energia também.

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A empresa Refeições ao Ponto investiu cerca de R$ 500 mil e, de acordo com a análise realizada pela empresa, o retorno do valor deve acontecer em um prazo de três anos e meio.

Além de autonomia energética para as operações, o uso de energia solar fotovoltaica também vai ao encontro das estratégias de responsabilidade ambiental, uma demanda cada vez mais premente no mundo todo.

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