Estabelecida na Europa, a telemedicina passa a ser uma realidade no Brasil e o iG está na linha de frente. O portal lançou o Dr. iG , primeira clínica inteiramente digital com mais de 2 mil médicos em seu portfólio . A regulamentação publicada por portaria do Ministério da Saúde vigora até o fim do estado de emergência, marcado para 31 de dezembro deste ano, mas especialista ouvidos pelo iG Mais acreditam que esta é uma tendência que veio para ficar. 

Telemedicina
Divulgação/Conselho Federal de Medicina
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"A gente já pensava nesta forma de atendimento e quando veio a liberação e surgiu o Dr. iG aderimos na hora", observa Sheila Meireles, proprieária de uma rede de clínicas na região metropolitana de Recife. "Eu acredito que é um caminho sem volta. A tecnologia faz parte parte do futuro da medicina".

Ela informa que está cadastrando a maior parte dos médicos com quem trabalha e que encontra mais resistência naqueles que são mais velhos. "Mesmo esses estão percebendo que a telemedicina veio para facilitar tanto a vida do médico como do paciente", afirma Fábio Rabelo, cirurgião e sócio fundador da Ti Saúde, empresa que desenvolve plataformas online para clínicas e consultórios e desenvolveu a do Dr. iG

Ele conta de sua experiência na França em que a telemedicina está bastante avançada inclusive na rede pública de saúde. Rabelo acredita que a pandemia do coronavírus acelerou um processo que se daria em três ou cinco anos e que a telemedicina veio para ficar.

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"A gente tá vivendo a efervescência da telemedicina", salienta o médico. "Olha que meus pacientes são cirúrgicos, mas mesmo nesse contexto a telemedicina é uma ferramenta válida. Eu posso pedir exames, fazer uma teletriagem e só encontrar esse paciente munido de todas as informações para um diagnóstico ou pré-operatório".

Rabelo explica que a consulta tende a ser mais técnica neste formato e as possibilidades são promissoras. "um cardiologista da minha clínica atendeu uma paciente do Rio de Janeiro noutro dia pelo Dr. iG ", observa Sheila, sem esconder o otimismo com a ferramenta.

A facilidade e a comodidade ofertadas pela telemedicina têm tudo para alterar a mecânica do sistema de saúde no Brasil. Consultas de rotina, por exemplo, não precisariam ser feitas mais presencialmente, o que também geraria economia para o paciente com deslocamento, estacionamento , entre outros. Além de poupar tempo. 

Sheila está atenta à necessidade da criação de mecanismos de checagem para evitar o surgimento de charlatões à medida que a modalidade se popularizar. Na plataforma Dr. iG , por exemplo, há parcerias com clínicas de renome e qualidade verificada, mas médicos que se submeterem individualmente ao processo de crivo da equipe responsável pela clínica digital podem fazê-lo. 

Diferentemente de planos de saúde, a expectativa de pagamento ao médico é de 3 a 5 dias. Para se ter uma base de comparação, há planos que levam 90 dias para repassar os pagamentos de um mês para o profissional da saúde.

Rabelo acredita que o Conselho Federal de Medicina e o Ministério da Saúde vão regulamentar em definitivo a telemedicina no Brasil. Até porque a COVID-19 não vai embora. Embora o surto pandêmico cesse, a doença fica, como foi com o H1N1. "Provavelmente teremos novos protocolos nos hospitais e clínicas. Não se espantem se tivermos o kit corona para atender pacientes com quadro gripal". 

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