Com menos abstrações e nova protagonista, "Homecoming" amarra pontas do 1º ano

Após pouco mais de um ano do lançamento da primeira temporada, "Homecoming" está de volta ao Prime Video. Sai Julia Roberts e entra Janelle Monáe no centro da ação. Com o criador Sam Esmail apenas na figura de produtor executivo, a série sofreu algumas alterações narrativas, mas sem renunciar ao estilo e estética empregados pelo criador, também conhecido pela série "Mr.Robot".

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O segundo ano da produção da Amazon é uma história diferente da que vimos na temporada anterior, com um ponto de partida ainda mais desorientador, mas conforme a trama avança - são sete episódios de meia hora - os rumos do segundo ano vão se alinhando aos do primeiro. É quando o espectador percebe que "Homecoming" está amarrando as pontas. Justamente por isso, o final deste segundo ciclo pode representar o fim da série, embora seguramente ainda haja campo a ser explorado. 

Se no 1º ano a incômoda sensação de que ninguém é o que parece ser já assombrava o espectador, no 2º ano essa sensação é potencializada. No entanto, diferentemente da temporada anterior, há uma mudança de rota no meio da temporada quando Walter Cruz (Stephan James), o soldado que conquistou a simpatia da psicóloga vivida por Julia Roberts, reaparece em cena.

A protagonista da temporada é Janelle Monáe, uma personagem cheia de camadas, que acorda desmemoriada em um barco. É muito claro que suas circunstâncias tem algo a ver com o projeto homecoming, mas como? Essa pergunta vai sendo respondida com pistas falsas e conexões verdadeiras ao longo dos sete episódios.

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Mais do que avalizar teorias conspiratórias realmente empolgantes, do ponto de vista intelecual, a série faz um ensaio sobre a importância da memória e da ética corporativa - aí entra em cena o balbuciante e sempre nervoso personagem de Chris Cooper.

Com um desfecho algo catártico, a segunda temporada de "Homecoming" se mostra menos afeita a abstrações do que a primeira, o que não quer dizer que seja menos elaborada e reflexiva.