Fraqueza muscular no dia a dia pode ser sintoma de doença autoimune rara que acomete 40 mil brasileiros
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Fraqueza muscular no dia a dia pode ser sintoma de doença autoimune rara que acomete 40 mil brasileiros

O Dia Mundial de Conscientização da Miastenia Gravis, celebrado no dia 2 de junho, traz visibilidade e ajuda no controle da doença

SÃO PAULO , 31 de maio de 2024 /PRNewswire/ -- ASTRAZENECA: Fraqueza e fadiga musculares durante o dia a dia são um dos principais sintomas da Miastenia Gravis1, doença autoimune da junção neuromuscular que acomete entre 200 a 300 pessoas por ano no mundo2. No próximo dia 2 de junho, comemora-se o Dia Mundial de Conscientização da doença, data que tem o objetivo de promover atenção à essa rara condição e às necessidades de pacientes, familiares e cuidadores, em busca de uma melhor qualidade de vida.

A Miastenia Gravis generalizada é uma doença neuromuscular crônica, causada pela comunicação comprometida entre nervos e músculos, e sua principal característica é a fraqueza muscular flutuante nos braços e nas pernas – isto é, cujas frequência e intensidade podem variar ao longo dos dias. Além disso, os sintomas iniciais também podem incluir ptose (pálpebra caída), visão dupla e falta de equilíbrio devido à fraqueza muscular, que podem ser somados a outros conforme a progressão da doença, como dificuldade em engolir, fadiga extrema e dificuldades respiratórias  3 .

"A Miastenia Gravis é uma condição que produz sinais e sintomas que muitas vezes são mal interpretados e podem ser confundidos por grande parte das pessoas – e até pelos médicos – como o cansaço rotineiro, já que os sintomas costumam flutuar e pioram de forma característica com o esforço repetido. Isso significa que, em alguns dias, o paciente pode acordar bem, mas, em outros, pode apresentar maior fraqueza muscular e fadiga", afirma a Dra. Renata Andrade , neurologista pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). "Existe ainda um importante atraso no reconhecimento da doença. A maioria dos pacientes não recebem o diagnóstico no primeiro ano de doença.  Por isso, é fundamental a conscientização sobre os desafios que os 40 mil brasileiros que vivem sob essa condição enfrentam diariamente, para que seja possível um reconhecimento precoce e adequado controle da miastenia, evitando assim os seus quadros mais graves", complementa.

Variabilidade clínica e diagnóstico
A Miastenia Gravis pode ser classificada clinicamente de acordo com o acometimento de diferentes grupos musculares, sendo esse o grupo de músculo oculares (Miastenia Gravis ocular), ou afetando diferentes grupos musculares (Miastenia Gravis generalizada). Cerca de 85% dos pacientes têm sintomas oculares no início, e, destes, aproximadamente metade desenvolve a doença generalizada em dois anos 4.

A doença tem prevalência de 278 casos por milhão de pessoas no mundo5 e apresenta dois picos principais de diagnósticos: juvenil, na faixa dos 30 anos de idade e com predomínio sutil entre mulheres; e tardio, próximo aos 60 anos, com recorrência proporcional entre homens e mulheres 3.

Por ter sintomas inespecíficos, que podem ser confundidos com outras doenças, o diagnóstico da Miastenia Gravis pode demorar mais de dois anos para ser feito, principalmente entre os pacientes que possuem incômodos restritos a alguns grupos musculares6. Geralmente, a doença é identificada por um neurologista.

Entretanto, a Miastenia Gravis pode ser identificada e diferenciada de outras doenças a partir de exames como exame físico e neurológico com avaliação da função muscular e exame sanguíneo de anticorpos específicos, incluindo anti-AChR.

A Miastenia Gravis não tem cura, mas com cuidado especializado, os pacientes podem ter uma melhor qualidade de vida e, assim, conterem o agravamento da doença. O tratamento pode ser feito por meio do controle dos sintomas, oferecendo mais conforto e disposição e evitando a crise miastênica, o quadro mais grave da doença, que pode levar à insuficiência respiratória devido à piora na fraqueza muscular  7,8 .

"A Miastenia Gravis generalizada é uma condição que pode impactar diretamente na rotina de trabalho e com a família, e seu diagnóstico não apenas possibilita o acesso ao tratamento, mas também pode transformar a vida dos pacientes, melhorando a sua qualidade de vida", finaliza a médica.

Sobre a AstraZeneca
A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, orientada pela ciência, que está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos de prescrição médica em Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêuticos, incluindo Medicina Cardiovascular, Renal e Metabólica, Respiratória e Imunologia. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo.  

Para mais informações, visite: www.astrazeneca.com.br e siga a empresa no Instagram @astrazenecabr.  

Referências

1 Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas Miastenia Gravis. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-ndeg-11-miastenia-gravis.pdf Acesso em 16 de maio de 2024.

2 Dresser L, Wlodarski R, Rezania K, Soliven B. Myasthenia Gravis: Epidemiology,Pathophysiology and Clinical Manifestations. J Clin Med. 2021;10(11):2235.

3 National Institute of Neurological Disorders and Stroke. Myasthenia Gravis. Disponível em: https://www.ninds.nih.gov/health-information/disorders/myasthenia-gravis Acesso em 16 de maio de 2024.

4 GROB D, ARSURA EL, BRUNNER NG , NAMBA T. The Course of Myasthenia Gravis and Therapies Affecting Outcome. Annals of the New York Academy of Sciences. 1987 Aug;505(1 Myasthenia Gr):472–99.

5 Fang F, Sveinsson O, Thormar G, Granqvist M, Askling J, Lundberg IE, et al. The autoimmune spectrum of myasthenia gravis: a Swedish population-based study. Journal of Internal Medicine. 2014 Nov 13;277(5):594–604.

6 Gilhus NE, Skeie GO, Romi F, Lazaridis K, Zisimopoulou P, Tzartos S. Myasthenia gravis — autoantibody characteristics and their implications for therapy. Nature Reviews Neurology. 2016 Apr 22;12(5):259–68.

7 Meriggioli MN, Sanders DB. Autoimmune myasthenia gravis: emerging clinical and biological heterogeneity. The Lancet Neurology [Internet]. 2009 May;8(5):475–90. Disponível em: http://europepmc.org/backend/ptpmcrender.fcgi?accid=PMC2730933&blobtype=pdf

8 Wendell LC, Levine JM. Myasthenic Crisis. The Neurohospitalist [Internet]. 2011 Jan;1(1):16–22. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3726100/

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FONTE AstraZeneca

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