SAO PAULO , 17 de fevereiro de 2023 /PRNewswire/ -- Manauara de 34 anos, formada em Contabilidade 2011, com MBA Marketing em 2012 e Business Associate em 2021, Ludmila Azevedo tinha uma carreira corporativa no Brasil e como muitas pessoas, foi para os Estados Unidos para estudar inglês e se aperfeiçoar ainda mais. Há 4 anos vivendo em Boston, Massachusetts , ela amou a cidade e quis ficar mais. Sem conseguir trabalhar na sua área de formação, ela pensou no que poderia fazer de melhor para ter novas experiências e decidiu trabalhar com gastronomia, colocando em prática uma antiga paixão.
Com saudades dos sabores da Amazônia, criou a receita secreta da Amazontella, um creme de chocolate belga construído em sabores para harmonizar com cupuaçu, fruto tipicamente da Amazônia. A ideia deu muito certo e hoje a marca de cremes e doces que traduzem os sabores da Amazônia é pioneira nos Estados Unidos e Canadá.
A cada produto vendido, 5% do valor é doado para comunidades indígenas, algo que, segundo a empreendedora, foi intuitivo.
"Desde o começo não fazia sentido eu ganhar com isso, me sustentar e não poder compartilhar nada com a Amazônia, pelo orgulho das minhas raízes e poder trazer isso comigo, me faz lembrar das lutas que temos no Brasil", diz Ludmila.
Antes de fundar a empresa, Ludmila já tinha muitos anos de experiência empreendendo no ramo de doces. Em 2015 após fazer o curso Empretec, do Sebrae (AM), vivenciando todas as etapas do empreendedorismo, desenvolveu Bolos no Pote, um produto para aprimorar seus conhecimentos, que acabaram se tornando um sucesso em Manaus.
"Eram 12 sabores com nome que remetem à memória afetiva como colo de vó, pôr do sol, cafuné, entre outros, causando emoções que remetem ao sabor do doce, pois eu sou muito ligada à essa conexão entre sabores e sentimentos", relembra.
Ludmila Azevedo é reconhecida nacionalmente pelo seu sucesso empresarial. Sua experiência e visão em desenvolver, gerir, criar e crescer uma companhia do zero em uma época onde a economia não estava favorável - a crise financeira que assolou o país no ano de 2015 fez muitos negócios fecharem as portas na cidade de Manaus, Amazonas- começou a chamar a atenção de muitos investidores nacionais e internacionais.
A empresa pretende dobrar de tamanho em breve, dando oportunidade a mulheres americanas e imigrantes para que a produção consiga escalar os negócios. Além disso, a empresa ainda possui uma iniciativa sustentável, a cada 5 vidros devolvidos, o cliente ganha 1 de volta.
Sobre os desafios de empreender fora, Ludmila cita os prós e contras.
"Empreender fora do Brasil é extremamente desafiador, pelo fato de não termos rede de apoio. Por isso é tão importante essa sororidade, de ter essa comunidade se formando ao seu redor", conta a empreendedora que é membro da Brazilian-American Chamber of Commerce, um grupo com demais micro-empresárias que estão nos Estados Unidos.
Ela ressalta a importância da sororidade e de valorizar a compra de produtos de outras mulheres e destaca que outros desafios de empreender em outro país são "não ser a língua materna, a cultura ser muito diferente, mudar o target com foco no SnapChat, por exemplo, ao invés de Instagram, e participar de feiras locais".
Sobre a jornada empreendedora, ela compartilha que é necessário ter muita disciplina e foco, além de planejamento e criar processos que facilitem essa atividade.
"Eu não acho difícil empreender, eu acho que você precisa de muita disciplina, precisa realmente colocar os seus objetivos em primeiro lugar, ter planejamento, ter processos fáceis, que você consiga seguir. Eu vejo muita empreendedora enfiando os pés pelas mãos, falar sim para tudo, que não sabe falar não. Isso interfere muito quando você empreende", enfatiza.
Para Ludmila, o empreendedorismo é uma forma de criarmos um mundo melhor, dando oportunidade, por exemplo, para que os americanos possam ter acesso a produtos orgânicos da Amazônia. Com sua mente disruptiva, a empreendedora quer se tornar o primeiro hub de produtos amazônicos nos Estados Unidos.
"Foi ali que entendi os meus medos, perfeccionismo, medo de não dar conta. O projeto que nasce pronto está atrasado, eu sou mais de ação do que planejamento, eu começo e depois vejo o que acontece, e com o tempo vamos consertando no caminho esses processos e me fez chegar num produto premium muito rápido, consertando muito rápido, isso é um conceito de startup", conta.
E para quem está pensando em empreender, ela deixa um recado. "Comece se você precisa de dinheiro e sempre tenha em mente, faça algo que tenha a ver com as suas raízes, com o que você se identifica, comece! E tente nesse processo se conhecer, saber seus limites, o empreendedorismo é uma ferramenta gigante para evoluir, porque você precisa ser organizada e disciplina e acordar todos os dias, acreditar em você. Se conheça, se melhore, estude para não dar voltas e perder energia", finaliza a empreendedora.
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Website: www.amazontella.com
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FONTE AMAZONTELLA