A Robotização do ser humano - Grupo Reabre
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A Robotização do ser humano - Grupo Reabre

Pesquisadores constroem, com o uso de impressoras 3D, próteses cada vez mais reais, que servem perfeitamente ao corpo dos pacientes.

SÃO PAULO , 21 de novembro de 2022 /PRNewswire/ -- A medicina regenerativa é uma das que mais evolui atualmente. Médicos do Reino Unido, após anos de muitas pesquisas, conseguiram reconstruir o rosto de um homem de 60 anos fazendo uso de uma impressora 3D. O senhor, que tinha metade do rosto deformado devido à retirada de um tumor maligno, recebeu uma prótese com suas medidas exatas, servindo a sua face exatamente como ela era antes da cirurgia de remoção. Para a psicóloga Camila Belliard Oleiniski essa é uma tendência que tende a se tornar cada vez mais comum com o passar do tempo.

Este é apenas um exemplo da revolução que o uso de impressoras 3D tem causado no campo da saúde. Ela pode reproduzir produtos através da adição de sua matéria-prima. Assim, lendo os dados do que se quer produzir, ela o faz tridimensionalmente, passo a passo. Esse é o caminho para a perfeição no ramo das próteses. Criando moldes de crânios e até mesmo de vasos sanguíneos nas mesmas formas e proporções de seu aspecto natural e podendo substituir, por motivos diversos, os músculos originais por suas cópias idealizadas digitalmente. Para aqueles que sofreram doenças ou acidentes, os quais foram necessários, por exemplo, retirar parte de um osso, essa tecnologia traz uma nova perspectiva.

O Instituto Nacional de Ciência e Biotecnologia, junto aos técnicos da Unicamp, têm se esforçado em um projeto de caráter único no país e no mundo para a fabricação de próteses em titânio, afirma Camila Belliard . Os primeiros testes serão feitos em pacientes escolhidos pela gravidade de suas deformações, os quais 10 deles terão seus problemas resolvidos até o fim do ano. As operações serão feitas no Hospital das Clínicas da Unicamp.

O critério principal da escolha foi o de todos já terem passado por operações reconstrutivas sem sucesso e apresentarem decorrências desses traumas, sendo a maioria homens de 20 a 60 anos. A equipe é comandada por Paulo Kharmandayan, professor e coordenador de cirurgia plástica do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e por outros profissionais de renome na área. Registra-se que 15 pacientes foram selecionados para os testes de sua equipe e 4 já estão prontos para as operações.

Entre as próteses de materiais considerados indestrutíveis como o titânio e aquelas construídas a partir de impressoras tridimensionais, o futuro promete conectividade aos membros reproduzidos. O joelho via Bluetooth, que realiza ajustes de medidas por si só e o pé protético, que se adapta automaticamente aos desníveis do solo onde passa usando de um chip interno que reconhece o terreno. São exemplos claros disso.

Para amputados isto é muito importante e, como especialista em relações interpessoais, Camila Belliard Oleiniski diz que isso traz um novo norte a esses pacientes. Pois, anteriormente, todas as próteses eram construídas em um ângulo fixo de 90°, o que obrigava o usuário a fazer muito esforço e levantar a perna muito mais. Além de ter sempre de usar o mesmo tipo de sapato com a mesma altura. Estas novas tecnologias lhes proporcionam um caminhar mais natural.

Com base nisso, fica fácil afirmar que a ciência caminha para a construção de um robô cada vez mais humano (segundo especialistas, a inteligência artificial alcançará a humana até 2055) e de um ser humano cada vez mais robótico e virtual.

GRUPO REABRE
Jornalista L. Araujo
Contato: https://reabre.com.br

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FONTE Grupo Reabre

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