SÃO PAULO, 26 de abril de 2021 /PRNewswire/ -- Equipamentos hospitalares como respiradores, ventiladores, tomógrafos e até mesmo camas hospitalares de UTIs nunca precisaram tanto estar em perfeito estado de funcionamento quanto nesta pandemia brutal, e assim contribuir para a sobrevivência e o bem-estar dos pacientes. Para operarem bem, necessitam de manutenções periódicas e apoio operacional especializado em centros cirúrgicos e UTIs. Os profissionais que realizam este trabalho somam mais de três mil técnicos e engenheiros que visitam hospitais todos os dias. E, pasmem, não são considerados como profissionais de saúde no grupo prioritário de vacinação da COVID-19 pelo Plano Nacional de Imunização – PNI.
A Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia em Produtos para Saúde (ABIMED) tem pleiteado desde janeiro a inclusão destes profissionais no grupo prioritário, tanto via ofício quanto diálogo com as 26 Secretarias Estaduais de Saúde, com a Secretaria de Vigilância em Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP) e até localmente, com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Todas as respostas têm sido as mesmas: faltam vacinas e as secretarias seguem o PNI.
"Sabemos que, na prática, as secretarias poderiam atuar, pois o grupo é relativamente pequeno, já o ganho é enorme. E, numa federal, se o grupo integrar o PNI, certamente haverá vacinas para eles. Mais de 20% desses profissionais já pegaram Covid e outros tantos estão afastados pela doença. Lamentavelmente, óbitos têm ocorrido. Com o afastamento dos técnicos, hospitais poderão colapsar por ausência de manutenção em equipamentos que não podem faltar neste momento", diz Fernando Silveira Filho , presidente executivo da ABIMED.
Dois avanços aconteceram após a atuação da Associação, mas ainda sem desdobramentos. Um deles foi a indicação do Deputado Estadual Frederico d'Ávila à Secretária Estadual da Saúde de São Paulo para inclusão dos funcionários na campanha de vacinação. O outro foi a criação do Projeto de Lei PL 1345/2021, de autoria do Deputado Federal Pedro Westphalen, para condicionar o grupo à priorização no PNI.
Ainda sem retorno, a ABIMED se reuniu nesta quinta, 22, com representantes das empresas associadas que têm sofrido com a questão, vendo seus funcionários correrem risco ao fazerem seu trabalho, que é contribuir para salvar vidas. "Como bem lembrou uma de nossas associadas, a atividade de técnicos de campo está na lista de atividades essenciais do Decreto Federal 10.282/2021, artigo terceiro, parágrafo segundo. Ora, o que falta para reconhecerem que sem esses profissionais a pandemia pode piorar ainda mais?", conta Fernando.
Na reunião com os associados, diversas medidas foram avaliadas. Por ora, a ABIMED vai seguir buscando a inclusão dos profissionais de campo na lista de prioridades em contato com o Legislativo e o Executivo para expor a situação e convencê-los da necessidade emergencial do pleito. Com a expectativa de retomada das cirurgias eletivas, a demanda pelos serviços desse grupo sem dúvida será ampliada", finaliza Fernando.
Sobre a ABIMED
A Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED) congrega empresas nacionais e multinacionais que representam cerca de 65% do setor de equipamentos e dispositivos médicos no Brasil (0,6% do PIB nacional). A Associação tem como princípio contribuir para a promoção de um ambiente saudável, sustentável e propício à inovação tecnológica e à competitividade de suas associadas nos mercados local e global, bem como contribuir para o desenvolvimento do setor de saúde no Brasil, com foco no paciente, propiciando à população brasileira acesso a tecnologias de saúde inovadoras e de alta performance. A ABIMED possui em seu DNA a ética e a transparência que pautam sua atuação na representação da indústria, sendo a primeira entidade do setor a lançar um Código de Conduta para seus associados.
Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1496872/Fernando.jpg
FONTE ABIMED