Nem todo dinheiro gasto em compras vai pelo ralo. A alternativa para reaver parte da quantia é o cashback, um sistema de recompensas que devolve o dinheiro que você gastou em uma compra. Esse tipo de modelo só ganha espaço: em 2020, o setor de cashback movimentou cerca de US$ 108 bilhões em vendas no mundo, de acordo com um levantamento da Clearsale.
Aqui no Brasil, o cashback também caminha a passos largos. A Méliuz, plataforma brasileira de cashback e descontos, apresentou um crescimento de 80% no número de usuários ativos de setembro de 2019 até o mesmo mês de 2020. Hoje, no total, são mais de 3,6 milhões de clientes ativos.
Entenda como o cashback funciona e saiba as maneiras de aproveitar o benefícios.
Cashback: o que é?
Cashback é um programa de recompensas que devolve parte do dinheiro do cliente de volta. Se você compra em uma loja que tem parceria com empresas de cashback (como é o caso da Méliuz ou Ame Digital), parte do dinheiro que você gastou volta para você.
O valor retornado é geralmente representado em porcentagem. Pesquisando na Internet, você pode encontrar cashbacks desde 0,5% até 50% ou mais!
Oferecido geralmente por empresas e instituições financeiras, a palavra literalmente significa ‘dinheiro de volta’ em inglês. O nome vem lá dos Estados Unidos, onde o cashback surgiu em 1998. Aqui no Brasil, o cashback começou a ganhar popularidade em 2011, com a chegada do Méliuz, um app e cartão focado no sistema.
Hoje, o modelo já ganhou o coração dos brasileiros: de acordo com o Sebrae, cerca de 6,4 milhões de estabelecimentos estão cadastrados em programas de cashback.
Onde posso usar o cashback?
Cada empresa de cashback funciona de uma maneira diferente. Algumas optam por devolver a quantia direto por transferências bancárias, enquanto outras transformam o valor em crédito ou saldo para outras compras em redes parceiras.
Em um mundo de descontos, cupons e ofertas exclusivas, esse sistema de recompensas é outro benefício que o cliente deve levar em conta na hora de fazer uma compra. Se você está em dúvida entre duas lojas que ofertam o mesmo valor de um smartphone, por exemplo, mas uma delas ainda te dá cashback, provavelmente essa última ganhará a disputa.
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Como ganhar cashback?
Você consegue ganhar cashback de diversas maneiras. Confira as principais:
Cartão de crédito
Os cartões de crédito que oferecem cashback são os mais populares nos Estados Unidos: um levantamento recente mostrou que 54% dos estado-unidenses possuem um cartão de cashback. Aqui no Brasil, a adoção não é tão grande assim, mas o benefício está ganhando cada vez mais espaço no bolso do brasileiro.
Um exemplo é o cartão de crédito da Méliuz . Ele é sem anuidade e dá até 0,8% de cashback em compras. O ponto de virada do cartão lançado pelo Banco PAN é o 1% de cashback extra em compras de lojas online parceiras: isso significa que se você compra em lojas como Amazon, Americanas ou Casas Bahia (parceiras da Méliuz), você pode ganhar até 1,8% do dinheiro de volta.
De acordo com a empresa, quem gasta cerca de R$4 mil por mês (sendo que metade do gasto é em e-commerce) consegue aproximadamente R$ 1.704,00 de cashback por ano.
Carteiras digitais
Aplicativos como PicPay, Ame Digital e Méliuz funcionam no esquema de parcerias: comprando em lojas indicadas, você recebe de volta parte do valor gasto diretamente no aplicativo da carteira.
Aplicativo de lojas
Grandes empresas estão adotando o cashback na própria plataforma, sem intermediação das carteiras digitais. Além do Posto Ipiranga, que criou o programa de cashback Abastece Aí, a Magalu também adotou essa estratégia de recompensas: pelo SuperApp, o cliente cria uma conta MagaluPay e recebe cashback por compras diretamente no app.
O cashback expira?
Depende da instituição responsável pelo cashback. No Méliuz, por exemplo, o dinheiro de volta expira caso você não faça o resgate em 24 meses a partir da data de confirmação. Já no PicPay, ele expira se o cliente não acessa o app por 3 meses e, no caso da Ame Digital, a quantia nunca expira.
O que eu ganho com isso?
À primeira vista, o cashback pode parecer confuso para alguns, já que ele costuma ser divulgado em porcentagem e não com o retorno direto. No entanto, de pouco em pouco a galinha enche o papo. Ganhando 1,5% ou 2% a cada compra, por exemplo, é possível acumular uma renda extra ao final do mês para guardar ou investir.
Mas é preciso cautela: não transforme o cashback em um argumento para comprar descontroladamente ou adquirir itens desnecessários só por causa do dinheiro de volta. No final das contas, devemos considerar o cashback como um aliado nas finanças – não o oposto.