O astro Tom Cruise completa 58 anos nesta sexta-feira (3). É isso mesmo, um dos maiores nomes de Hollywood nos anos 80 e 90 está quase sessentão. No final do ano, se a pandemia de coronavírus permitir, o ator voltará a encarnar Maverick, o personagem que lhe alçou à fama em 1986, na sequência de "Top Gun".
Diferentemente de muitos astros que encolheram e precisaram redesenhar suas carreiras, Tom Cruise sempre manteve o controle absoluto. Mesmo quando parecia descontrolado. Quem não se lembra daquele constrangedor pulo no sofá da Oprah em maio de 2005 para expressar sua paixão por Katie Holmes?
O momento bizarro, no entanto, foi um lapso em uma carreira inegavelmente bem calculada, com muito mais acertos do que escorregadas. A cientologia, que tem Cruise como uma espécie de embaixador, embora ele não goste de discorrer sobre o assunto, tem sido foco das maiores polêmicas envolvendo o ator. Inclusive o divórcio das atrizes Nicole Kidman e Katie Holmes.
No lado profissional, Cruise ostenta a franquia mais longeva do cinema excetuando-se 007 e Star Wars, com o adendo de que protagonizou todos os exemplares de "Missão Impossível", que com o sétimo e oitavo filmes confirmados, parece ficar melhor com o tempo.
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Recentemente, Cruise se uniu ao empresário e bilionário Elon Musk para gravar um filme no espaço. Conhecido por fazer seus próprios stunts (cenas perigosas de ação que geralmente são realizadas por dublês), Cruise se notabilizou por ser um problema para apólices de seguros e pela lealdade aos fãs. "É importante em um filme de ação perseguir o máximo de verossimilhança possível", disse ao promover "Missão: Impossível - Efeito Fallout" em 2018.
O ator, que já quebrou o pé e sofreu diversas lesões no curso de filmagens, tornou-se um ícone do cinema de ação moderno. Quando viu que as franquias de super-heróis estavam dominando o cinemão, dobrou a aposta e investiu no gênero com consistência. Tentou - e fracassou - criar integrar o próprio universo compartilhado, no caso dos monstros da Universal, com o filme "A Múmia", mas emplacou ótimos filmes de ação nos últimos 20 anos.
Descontados os longas de "M.I", "Feito na América" (2017), "No Limite do Amanhã" (2014), "Oblivion" (2013), "Encontro Explosivo" (2010) e "Guerra dos Mundos" (2005) são exemplos. Também emplacou outra franquia, "Jack Reacher", que já tem dois filmes.
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Cruise produz todos os filmes que estrela e escolhe os diretores com quem vai trabalhar. Atualmente tem trabalhado muito com Christopher McQuarrie, que escreveu "Operação Valquíria" (2008) e dirigiu "Jack Reacher: O Último Tiro" (2012), "Efeito Fallout" (2018) e os dois próximos "M.I".
No fim da primeira década dos anos 2000 teve o próprio estúdio, o United Artits, que brilhou na era de ouro de Hollywood e estava para declarar falência. O projeto não deu certo, mas alguns bons longas foram lançados no período, como "Leões e Cordeiros" (2007), que uniu o ator a Meryl Streep e Robert Redford.
A nova geração talvez o reconheça apenas pelos filmes de ação, mas quem viveu Tom Cruise nos anos 80 e 90 sabe do que ele é capaz. Foi indicado ao Oscar três vezes. Como ator principal por "Nascido em 4 de Julho" (1989) e "Jerry Maguire" (1996) e como coadjuvante por "Magnólia" (1999). Outras performances dramáticas destacáveis estão em "O Último Samurai" (2003), "Colateral" (2004), "A Firma" (1993) e "De Olhos Bem Fechados" (1999).
A filmografia eclética e o senso de humor permitem que Cruise ria de si mesmo em projetos como "Trovão Tropical", uma sátira de Hollywood assinada por Ben Stiller, em que o ator vive um produtor amalucado e boca suja.
Os 60 anos se avizinham e o legado de Tom Cruise promete ficar ainda mais impressionante.
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