Para o presidente da Abpass Almir Ribeiro Neto, promover escolhas alimentares equilibradas é essencial para frear o avanço da obesidade e melhorar a qualidade de vida da população
SÃO PAULO , 16 de outubro de 2025 /PRNewswire/ -- Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de sobrepeso e obesidade entre adultos brasileiros cresceu 2,2 vezes mais rápido que nos Estados Unidos, passando de 42,9% em 2001 para 60,9% em 2020. No Dia da Alimentação Saudável, celebrado em 16 de outubro, a Associação Brasileira de Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável (Abpass) faz um alerta sobre o impacto dos maus hábitos alimentares e a importância de uma nutrição equilibrada para a saúde da população brasileira.
Um dos motes importantes para que a população adote hábitos alimentares equilibrados está no ambiente de trabalho. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, há mais de 103 milhões de pessoas empregadas no Brasil. Desse número, a ABERC (Associação Brasileira de Refeições Coletivas) aponta que 37,1 milhões de brasileiros consideram o ambiente de trabalho como o principal espaço de alimentação.
"Esse cenário mostra o impacto das refeições oferecidas pelas empresas. A jornada de trabalho padrão implica que uma ou duas refeições sejam feitas na própria organização ou em seu entorno, o que tem impacto direto na saúde dos brasileiros", comenta Almir Ribeiro Neto , presidente da ABPASS.
Segundo pesquisa encomendada pela Sapore ao Instituto QualiBest, em 2024, metade dos entrevistados que almoçam em restaurantes corporativos afirmaram que, se tivessem acesso à informação calórica das refeições, fariam escolhas diferentes. Todavia, essa pré disposição a mudanças não está no bom caminho quando foca em calorias. As recomendações do Guia Alimentar estão voltadas para padrões de alimentação e para maior ênfase em ampla variedade de alimentos de origem vegetal.
A associação usa como referência o Guia Alimentar para a População Brasileira, que apresenta um conjunto de informações e recomendações voltadas à promoção de uma alimentação mais saudável. As medidas combatem o consumo de alimentos ultraprocessados — que, segundo estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), teve um aumento médio de 5,5% nos últimos dez anos.
Almir acrescenta que uma dieta baseada em alimentos in natura e minimamente processados combate não apenas o avanço do excesso de peso e das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, mas também reduz o número de afastamentos do trabalho e, consequentemente, os custos com saúde corporativa.
"Os refeitórios empresariais ainda refletem uma lógica ultrapassada, em que o preço da refeição é o principal critério de contratação. Esse modelo ignora o impacto que uma alimentação equilibrada pode gerar na saúde dos trabalhadores e na sustentabilidade das próprias empresas. Estudos internacionais da Organização Mundial da Saúde mostram que a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis pode elevar em até 20% a performance no trabalho", afirma o presidente.
Refeições equilibradas no trabalho, alinhadas com as recomendações do Guia Alimentar, tendem a influenciar positivamente os hábitos alimentares no ambiente familiar. Ou seja, melhorar a alimentação no ambiente corporativo é uma questão de saúde pública e de sustentabilidade. Empresas que investem em qualidade de vida reduzem custos com saúde, aumentam o engajamento e contribuem para um futuro mais equilibrado.
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FONTE Abpass