Enxaqueca custa R$ 170 bilhões por ano ao PIB Brasileiro, aponta Teva
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Enxaqueca custa R$ 170 bilhões por ano ao PIB Brasileiro, aponta Teva

Falta de informação, medo e vergonha são obstáculos enfrentados por pacientes com a doença

SÃO PAULO , 30 de maio de 2025 /PRNewswire/ -- A enxaqueca é uma das doenças que acometem mais pessoas no mundo; ainda assim, continua menosprezada e confundida por boa parte da população como "apenas uma dor de cabeça". Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)¹, a doença acomete mais de 32 milhões de pessoas apenas no Brasil. O número representa duas pessoas em cada 13 e, mais alarmante, uma delas esconde a doença até mesmo dos familiares e amigos mais próximos. A farmacêutica Teva, líder global em medicamentos genéricos e especializados, une forças com a Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces) para conscientizar sobre a doença.

A empresária Marina Goulart , de 43 anos, enfrenta a doença desde a adolescência. "Antes do diagnóstico, eu passava o dia tomando analgésicos. Já cheguei a tomar sete por dia", conta. "Não é fácil contar para as pessoas que você está passando por uma crise. Há preconceito com os pacientes e as pessoas não sabem que a enxaqueca é uma doença. Já enfrentei situações em que precisei parar de trabalhar por não aguentar encarar a tela do computador, mas permaneci por medo do julgamento dos meus colegas. Sentia que as pessoas me olhavam como se eu estivesse de má vontade e com preguiça de entregar as minhas tarefas e a forma que eu encontrava para trabalhar era me medicando descontroladamente", completa.

O relato de Marina representa uma realidade oculta, mas enfrentada diariamente por milhões de pessoas no Brasil e no mundo que convivem silenciosamente com a doença e seus sintomas: dor de cabeça intensa, náusea, vômitos e sensibilidade a luz e sons. Segundo a OMS, as dores de cabeça, categoria que inclui a enxaqueca, são a terceira principal causa de anos de vida ajustados à deficiência (DALYs), um índice que quantifica o fardo das doenças em uma população. Infarto e demência ocupam as primeiras posições dessa lista, respectivamente. Além disso, segundo pesquisa apresentada no Migraine Trust International Symposium (MTIS) sobre o impacto da enxaqueca em seis países da América do Sul, Ásia e Austrália, 51% dos pacientes escondem que têm a doença: 62% deles não contam para os colegas de trabalho, 37% escondem dos amigos e 27% não se abrem nem com o cônjuge 2 .

O medo, vergonha e desconhecimento sobre a doença, também prejudicam a busca por especialistas e tratamento adequado. Artigo científico publicado no The Journal of Headache and Pain mostra que, do surgimento dos primeiros sintomas até procurarem um especialista 3 , os pacientes de enxaqueca demoram, em média, 17,1 anos. "As pessoas tomam analgésicos porque entendem que estão com dor de cabeça e que esta é a solução. O problema é que este tipo de medicação não é indicada para o tratamento da enxaqueca e, ao invés de solucionar um problema, o comportamento apenas posterga a procura por um especialista e o início do tratamento adequado, contribuindo para o aumento do tempo e da intensidade das crises", comenta o médico neurologista e presidente da Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces) e Presidente eleito da Sociedade Internacional de Cefaleia, Dr. Mario Peres .

A enxaqueca não tem cura, mas é controlável. Peres explica que existem vários tratamentos possíveis e é por isso que ir ao médico é primordial. "Cada paciente receberá um tratamento individualizado de acordo com as suas principais queixas e sintomas, dentre tratamentos não farmacológicos como farmacológicos."

Fora o impacto social, a doença gera prejuízos até mesmo o PIB dos Países. Segundo a pesquisa "Impacto socioeconômico das principais doenças em oito países da América Latina" 5 , realizada pelo instituto WifOR GmbH, o Brasil é o segundo país mais afetado pela enxaqueca na América Latina, atrás apenas da Argentina . Apenas em 2022, o Brasil perdeu 1,6% do PIB, cerca de US$ 30 bilhões ou R$ 168 bilhões, devido à doença. "Na faixa etária entre 5 anos e 19 anos, a enxaqueca é a doença mais comum e, na faixa de 20 anos a 59 anos, a população adulta, é a segunda. Ou seja, a doença afeta diretamente a fase mais produtiva da vida e é a principal causa de incapacidade no mundo 4 ", destaca Peres.

Sobre a Teva Brasil

A Teva está entre as maiores farmacêuticas do mundo e é atualmente a maior fabricante de medicamentos genéricos. Temos colaboradores em mais de 60 países que desenvolvem, produzem e entregam o maior portfólio mundial de medicamentos para mais de 200 milhões de pessoas todos os dias a fim de melhorar a vida de pacientes ao redor de todo o planeta. Acreditamos que a experiência em saúde deve incorporar empatia, humanidade, dignidade e compaixão. Saiba mais em www.tevabrasil.com.br.

SOBRE A ABRACES

Fundada em 2006, a ABRACES é uma entidade civil, sem fins lucrativos, dedicada a melhoria da qualidade de vida dos que sofrem com cefaleias. Somos uma Associação formada por pacientes e profissionais de saúde que atuam para promover conscientização do impacto pessoal, profissional e socioeconômico causado pelas cefaleia em salvas e enxaqueca, educação de paciente para melhor controlar as dores de cabeça e lutar por melhores políticas públicas e direitos a quem convive com essas cefaleias.

Dores de cabeça são uma das principais causas de incapacidade, falta ao trabalho, e perda da qualidade de vida. Cefaleia tensional e enxaqueca são as duas doenças neurológicas mais prevalentes no mundo, na frente de do AVC, Alzheimer e Parkinson. Apesar do enorme impacto, cefaleias recebem pouquíssima atenção das políticas públicas de saúde.

A ABRACES defende o acesso a saúde dos que sofrem com cefaleias. Acreditamos que os que tem cefaleias precisam saber o que tem. A partir disto, sabendo o seu diagnóstico, que possam ter acesso ao tratamento, e que este tratamento seja adequado e resolutivo, e o impacto da doença seja reduzido. Todos precisam estar engajados para que essa cadeia de desafios tenha sucesso.

A medicina avança a cada ano, novas descobertas são divulgadas, novos tratamentos surgem. A ABRACES é uma associação independente que se compromete com a melhor e mais justa implementação de novos tratamentos e o melhor manejo dos recursos. Para isso, articulamos com entidades de vários segmentos da sociedade, agências reguladoras, empresas, associações médicas, poder público, lutando sempre pelo ator principal da cena, o cidadão que sofre na pele com o problema.

Nada mais importante que materializar este nosso compromisso pautado em regras bem definidas, estruturando o nosso código de conduta, ratificando o nosso respeito ao mais alto teor ético, de transparência e independência, para que permaneça a legitimidade e longevidade desta causa nobre.

Referências

1 Vos T, Allen C, Arora M. Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. Lancet. 2016;388(10053):1545–1602. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31678-6

2 Souza, MNP et.col. Survey assessing the burden and impact of migraine across 6 countries in South America , Asia , and Australia . Presented at MTIS 2020: MTV20-DP-095. https://doi.org/10.1177/0333102420962305 .

3 Peres MFP, Swerts DB, de Oliveira AB, Silva-Neto RP. Migraine patients' journey until a tertiary headache center: an observational study.  J Headache Pain . 2019;20(1):88. Published 2019 Aug 15. doi:10.1186/s10194-019-1039-3

4 Atlas of Headache Disorders and Resources in the World 2011. Geneva : WHO; 2011.

5 As in: Ostwald, D.A, et. Al 2024. "Socioeconomic burden of main diseases in eight Latin American countries: the case of Brazil , Prepared For FiFARMA. Wifor Institute, Germany , 2024. Available online at: https://fifarma.org/?jet_download=b0845e6c4329c4018e81a4a3d0b269f8bb3c3e41

Foto - https://mma.prnewswire.com/media/2700137/TV_photo_481_09012022.jpg

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FONTE Teva Brasil

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