Dia Internacional da Redução de Danos: países que adotaram o conceito reduziram número de fumantes
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Dia Internacional da Redução de Danos: países que adotaram o conceito reduziram número de fumantes

Reino Unido e Nova Zelândia veem queda no tabagismo após adoção de políticas de redução de danos. No Brasil, consumidores seguem sem opções regulamentadas, diz THR Brasil

SÃO PAULO , 7 de maio de 2025 /PRNewswire/ -- No dia 7 de maio é celebrado o Dia Internacional da Redução de Danos. Nesta data, o THR Brasil, associação de consumidores pela redução dos danos causados pelo tabaco, convida a sociedade a refletir sobre políticas públicas voltadas à diminuição dos riscos associados a cigarros. O debate deve considerar a experiência internacional com os cigarros eletrônicos e os produtos de tabaco aquecido.

"Evidências científicas internacionais já demonstraram que cigarros eletrônicos provocam menos dano que o cigarro convencional, pois não há queima do tabaco. Isso, em um cenário regulamentado, em que esses produtos são verificados pelas autoridades sanitárias", explica Miguel Okumura , presidente do THR Brasil.

Ao redor do mundo, países que regulamentaram cigarros eletrônicos já colhem os frutos das políticas bem sucedidas de redução de danos. O exemplo mais recente é a Nova Zelândia, cujas regras estabeleceram, entre outros, limite de nicotina, controle de composição e restrições de venda para menores. A política resultou na redução da taxa de adultos fumantes de 12,2% em 2018 para 6,8% em 2023.

A regulamentação da Nova Zelândia foi inspirada em outras nações, como EUA e Inglaterra. No Reino Unido, o National Health Service (NHS), correspondente ao SUS brasileiro, distribui kits de cigarros eletrônicos entendendo que eles possuem menor risco para os adultos fumantes. Com isso, o país registrou que dois terços das pessoas que participaram dos programas pararam de fumar. Nos EUA, a regulamentação rigorosa botou um freio no consumo de vapes por jovens, que saiu de 20% em 2019 para 5,9% em 2024 (CDC).

No Brasil, no entanto, os consumidores não têm acesso a opções lícitas. Mesmo com o aumento do consumo em 600% nos últimos seis anos, em 2024 a Anvisa manteve a proibição da comercialização de cigarros eletrônicos. Okumura afirma que "a ausência de regulamentação tem deixado milhões de fumantes adultos sem acesso a alternativas seguras, enquanto o comércio ilícito cresce e expõe a população a produtos sem controle sanitário".

A associação de consumidores defende a criação de regras. "É preciso discutir uma regulamentação que garanta acesso responsável a esses produtos, baseado nas experiências internacionais e com regras rigorosas", aponta.

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FONTE THR Brasil

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