Empresa paulista desenvolve tecido capaz de eliminar o novo coronavírus

Testes conduzidos em laboratório se mostraram promissores, com o material eliminando 99,9% da quantidade do vírus após dois minutos de contato

Pesquisadores da empresa paulista Nanox, apoiada pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), desenvolveram um tecido com micropartículas de prata na superfície que demonstrou ser capaz de inativar a COVID-19, o novo coronavírus.

Foto: Divulgação
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O desenvolvimento do material teve a colaboração de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, da Universitat Jaume I, da Espanha, e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). 

Em testes de laboratório, o material foi capaz de eliminar 99,9% da quantidade do vírus após dois minutos de contato.

O tecido é composto por uma mistura de poliéster e de algodão (polycotton) e contém dois tipos de micropartículas de prata impregnadas na superfície por meio de um processo de imersão, seguido de secagem e fixação, chamado pad-dry-cure.

A Nanox já fornecia para indústrias têxteis e de diversos outros segmentos essas micropartículas, que apresentam atividade antibacteriana e fungicida, e em tecidos evitam a proliferação de fungos e bactérias causadoras de maus odores. Os pesquisadores da empresa tiveram a ideia de avaliar se esses materiais também eram capazes de inativar o novo vírus.

A próxima etapa do estudo vai medir a duração do efeito antiviral das microparticulas no tecido. Em testes relacionados à propriedade bactericida, os materiais foram capazes de controlar fungos e bactérias em tecidos mesmo após 30 lavagens.

* Com informações da Agência Fapesp