Xô tédio! Confira dicas de leitura para curtir na quarentena

O período de isolamento social promete ser longo, mas isso não quer dizer que precisa ser desapaixonado. A seguir listamos boas dicas de leitura para a quarentena

Estamos na segunda semana de isolamento social e enquanto muitos estados e cidades começam o período oficial de quarentena, casos de São Paulo e Rio de Janeiro, muitas pessoas ponderam a respeito das atividades que vão desenvolver durante o período. Fazer algum exercício físico, experimentar novas séries, rever a filmografia de um cineasta querido e ler. 

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Foto: shutterstock
Pessoa lendo livros

A leitura, como se sabe, é uma poderosa aliada em qualquer circunstância e uma fonte de conhecimento, perspectiva, reflexões e, nesses tempos bicudos, alento. O iG Mais selecionou alguns bons livros que valem a atenção do leitor nesse período de quarentena

"O Lado Bom do Lado Ruim"

Daniel Martins de Barros, psiquiatra, doutor em ciências e bacharel em filosofia, foge da linguagem técnica para agregar pesquisas, estudos científicos e experiências pessoais para demonstrar que tudo de ruim não é necessariamente ruim. Entendeu? Não é preciso buscar formas mágicas para eliminar os sentimentos ruins, mas sim aprender a ler o que raiva, medo ou tristeza estão nos contando.

Aprender a ver o lado bom da vida mesmo nas situações mais inóspitas, como uma pandemia global que força o isolamento, é a proposta deste livro.

"Pós-F: Para Além do Masculino e Feminino"

Trata-se da primeira obra de não ficção de Fernanda Young, morta em agosto de 2019. A obra tem um peso especial para fãs da verborragia característica da escritora, mas revela toda a sua atemporalidade pelo debate suscitado. insere no acalorado debate sobre o que significa ser homem e ser mulher hoje.

Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens femininas às quais deu voz, sempre independentes e a quem a inadequação é um sentimento intrínseco. O F é de pós-Fernanda!

"A Falsa Medida do Homem"

O livro de Stephen Jay Gould se incumbe de relativizar verdades absolutas e investiga como dados adequados podem ser distorcidos pelos preconceitos e fornecer resultados predeterminados. Para o autor,  argumentos deterministas para classificar as pessoas segundo uma única escala de inteligência, por mais refinados que fossem numericamente, limitaram-se praticamente a reproduzir um preconceito social. 

A obra defende que em um mundo de diferenças e predileções humanas, extrapolar esses fatos para transformá-los em teorias de limites rígidos constitui ideologia. Pode ser útil para ajudar a entender muito do que acontece atualmente no Brasil e no mundo.

"A Vida que Ninguém Vê"

Jornalista e cronista multipremiada, Eliane Brum faz nesse livro publicado em 2006 aquilo que faz melhor: recortes entusiasmantes da vida ao redor com um olhar agudo e iluminado. Uma repórter em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Uma cronista à procura do extraordinário contido em cada vida anônima. Uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns.

"A singularidade está próxima: quando os humanos transcendem a biologia"

Cientista da computação, inventor e futurista, Ray Kurzweil defende a tese que na primeira metade do século XXI a inteligência artificial irá superar a humana. Escalada das doenças, nanotecnologia e corrida pelo prolongamento da vida ocupam importante papel nesse desenho de Kurzweil. 

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As consequências desse desenvolvimento exponencial da computação são aterrorizantes ou significaram o paraíso na terra, conforme a perspectiva. Kurzweil é, claro, um “integrado”: tudo que resultar da cultura computacional será positivo — como a abolição a morte.

"O Alienista"

Conto ou novela? O que importa é que a obra de Machado de Assis segue atual neste Brasil em que tentamos (e falhamos miseravelmente) entender como a vaidade humana e os distúrbios psicológicos dominam ações cotidianas. 

"Sapiens - Uma Breve História da Humanidade"

O livro de Yuval Harari aborda a história da humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana até o século XXI. O filósofo combina teorias pessoais como a de que o capitalismo é uma religião e que todos os sistemas de cooperação humana em larga escala são ficcionais. Ele observa, ainda, que somos menos felizes. É um best-seller que rendeu outros dois bons - e muito recomendáveis - livros"Homo Deus - Uma Breve História do Amanhã""21 Lições para o século XXI"

*O iG pode ganhar comissão sobre as vendas originadas a partir deste artigo